sexta-feira, 29 de novembro de 2013

PERSONALIDADES DO MORRO DE SÃO CARLOS

Pensando em como a riqueza do Morro de São Carlos, no Estácio, “dá samba”, dando sentido e significado às nossas vivências e convidando a comunidade para construir, integrar e participar do Projeto da creche, optamos por exaltar as personalidades nascidas, criadas, “vividas e/ou passadas” por aqui!
Com tantos artistas e pessoas famosas, até mundialmente, por suas expressões artísticas, confiamos nosso trabalho a eles, sendo nosso fio condutor.  O principal objetivo é valorizar e elevar a autoestima desta comunidade e mostrar que "vencer na vida" é possível! Sempre! E está "mais perto do que se imagina"!
              
Iniciamos o ano letivo envolvidos pela obra de uma das Pratas da Casa que descobrimos pela internet, Wanderley Caramba. Artista Plástico reconhecido internacionalmente, tendo telas já expostas em outros países. Filho de Neuza, professora da comunidade, e parceiro de Ismael Silva e Heitor dos Prazeres, conhecidos nas rodas de samba, também é compositor de sambas enredos da Escola de Samba Estácio de Sá que, nos permitiu já em nosso “Carnaval do Caramba”, apresentar  parte da cultura Afro Brasileira descrita na letra do seu samba campeão de 2005 :“Arte Negra na Lendária Bahia”, também retratada em seus quadros.
Entre histórias e releituras, nos apropriamos de sua representatividade e nos emocionamos com a sua visita! Crianças, educadores e famílias ficaram encantados!

Aproveitamos a Festa Junina e sua música contagiante para contarmos sobre o acolhimento que o Morro deu ao importante músico "Gonzaguinha", que ainda trazia com ele toda a importância e representatividade por ser filho de Luiz Gonzaga - músico ímpar brasileiro, lembrado não só nesta época por sua música nordestina e característica desta festividade, mas por ser o retrato deste nosso país. Luiz Gonzaga Filho, o Gonzaguinha, também morou no mesmo lugar que nossas crianças. Órfão de mãe e com o pai ausente, foi criado no morro de São Carlos por um também músico, Henrique Xavier, e sua mulher, Dina, amigos de seu pai. Ouvimos suas músicas e fizemos uma homenagem e referência ao filho, dançando seu pai: o Rei do Baião! Todos de sanfona e chapéu de cangaceiro. Tocando e dançando mais uma história.


Para enxergar o valor destes filhos para esta comunidade não é difícil. “ELE É DAQUI !” “ELE MOROU AQUI !” “EU CONHEÇO!”
E quem não se orgulharia em dizer, contar ou cantar:
"Se alguém quer matar-me de amor
Que me mate no Estácio" (Estácio, Holly Estácio - Luiz Melodia)
"Então eu vinha descendo a ladeira do Estácio
Quando de repente ao meu lado
Vi a Unidos de São Carlos" (Questão de Posse - Luiz Melodia)
"Ai, meu São Carlos
Fado é na ponta da língua ô lê lê
Samba é na ponta do pé ô lê lê..." (Maria Particularmente - Luiz Melodia)

Não se pode falar nos “filhos deste lugar” sem falar em Luiz Melodia, um dos filhos ilustres, uma “Pérola Negra” do Morro de São Carlos que carrega consigo a história do lugar.
Pensando assim, foi muito divertido, bonito, enriquecedor e emocionante dramatizar e interpretar “do nosso jeito” o que o Luiz Melodia nos dizia, como na tão famosa letra de “Pérola Negra”. Os alunos se mostraram atores e co-autores nesta releitura.

 Pérola Negra

(Luiz Melodia)


1 Tente passar pelo que estou passando
2 Tente apagar este teu novo engano
3 Tente me amar pois estou te amando
4 Baby, te amo, bem sei que te amo

5 Tente usar a roupa que estou usando
6 Tente esquecer em que ano estamos
7 Arranje algum sangue, escreva num pano
8 Pérola Negra, te amo, te amo

9 Rasgue a camisa, enxugue meu pranto
10 Como prova de amor mostre teu novo canto
11 Escreva num quadro em palavras gigantes
12 Pérola Negra, te amo, te amo

13 Tente entender tudo mais sobre o sexo
14 Peça meu livro querendo eu te empresto
     Se intere da coisa sem haver engano
     Baby, baby, te amo, nem sei se te amo


Cantando, pintando, sambando, tocando, representando... descobrimos que contamos também com pais famosos em nossa creche. Kayke, orgulhosamente, nos apresentou seu pai, mestre sala da Escola de Samba Estácio de Sá, Maicon de Souza, nascido e criado na comunidade, que, por sua vez, é irmão do famoso mestre sala da G.R.E.S. Beija Flor de Nilópolis, também nascido no São Carlos. Assim, como os integrantes da bateria mirim da Escola de Samba Estácio de Sá, Fábio, Felipe e Wellington, que alegraram a nossa manhã e trouxeram a experiência com instrumentos musicais.




                                                       Experimentando a fantasia do Mestre Sala





Maicon, pai do Kayke, dando um show de habilidade com a sua porta bandeira Ana Beatriz












A prata da casa: Bateria Mirim da Escola de Samba Estácio de Sá.

Ana Beatriz como releitura da obra de Wanderley Caramba.


sábado, 23 de novembro de 2013

MAMA ÁFRICA

 
A Lei Federal 10.639/03  torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Essa lei altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e tem o objetivo de promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro.
 
Sendo o espaço escolar um lugar de construção, não só do conhecimento, mas também  de valores morais e ensinamentos que propiciem às crianças a  valorização de sua identidade  e autoestima  temos como proposição utilizar os contos africanos como proposta didática que possibilite a construção positiva da identidade racial. 
A professora Jéssica utilizou o livro Outros Contos Infantis para Crianças Brasileiras, escrito por Rogério Andrade Barbosa e ilustrado por Maurício Veneza  - Ed. Paulinas.
O autor faz um resgate de contos da cultura africana e sua leitura permite às crianças conhecer uma pequena parte da cultura e sabedoria da África e sugere novas formas de reconhecer a riqueza que nasce da diversidade. São narrativas simples, recolhidas da tradição oral.” O primeiro conto, trabalhado pela professora, explica porque a galinha d’angola tem as penas pintadas e a razão de seu canto característico - tô fraca, tô fraca!
 
Para ilustrar o conto confeccionamos a galinha d'angola com materiais reciclados. 




Também realizamos um passeio pela história dos negros no Brasil, apresentando o trajeto feito pelos mesmos no caminho da África até o Brasil, com direito ao navio negreiro.
 


 
Trabalhamos os animais que habitam o continente africano e suas principais características. 




Fizemos máscaras e pinturas corporais denominadas tribais. 




Confeccionamos bandeiras de alguns países formadores do grande continente africano.


Através dessas atividades buscamos ressaltar a importância do respeito à diversidade e valorização da cultura africana e afro-brasileira como de grande importância para a formação do povo brasileiro.
 
Turma EI 30
 
 
A ÁFRICA É AQUI!
 
Aconteceu na Turma EI 32

 
Ao longo do mês de novembro trabalhamos a cultura africana e sua influência na cultura brasileira. Estudamos a capoeira e sua presença na Bahia. Conhecemos o Mestre Besouro, um importante capoeira e defensor dos negros. Inclusive, achamos um besouro na creche, que foi o que desencadeou tudo isso.

Vimos imagens e degustamos algumas receitas da culinária brasileira que teve influência africana: o cuscuz, o pé de moleque e as frutas muito consumidas na África como: banana, melancia e manga.
As artes também estiveram muito presente nesse processo. Desde as artes plásticas, através da pintura do alguidar (prato de barro), passando pela musicalidade africana, chegando à indumentária e a pintura corporal.
O corpo foi muito importante em todo o processo. Corpo que dança, que se expressa, que se comunica e que conhece através das sensações que ele mesmo vivencia, seja provando sabores novos, seja se vestindo como nativos africanos ou jogando a capoeira.
Corpo que se afirma e que colabora para que a consciência também se afirme e declare, assim como um dos alunos da turma 32 disse:
                        “Tudo é África”.
 
 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AGRADECIMENTO



                                                                  ANGELA 18/11

“O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim. Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito que dar e o que receber; há muito  que aprender, com experiências boas ou negativas.”
CHICO XAVIER

 



Quero agradecer a todos que carinhosamente me desejaram votos de felicidades e comigo compartilharam mais um ano de vida.

MUITO OBRIGADA!
 
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CELEBRANDO

 
 
   Escola é o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos (...). Escola é, sobretudo, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se “amarrar nela”! Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz.
            (Paulo Freire)


  No dia 02/11 a nossa diretora Andrea completou mais um ano de vida.
  Hoje, dia 04/11, comemoramos o seu aniversário com uma singela homenagem.
 




 

O aniversário nos remete ao conceito de renascer e festejando estamos celebrando a vida e a possibilidade de um novo começo mais promissor.
 
Alunos e equipe da Espaço Livre da Criança desejam: felicidade, saúde e muita paz!