quinta-feira, 22 de novembro de 2012

NOSSAS TRADIÇÕES, NOSSA HISTÓRIA...


            Ao longo dos meses de julho, agosto, setembro e outubro as crianças da creche “Espaço Livre” viveram ainda mais intensamente as ricas tradições culturais do nosso povo: festa caipira, folclore, resgate de brincadeiras antigas... quanta diversão e quanto conhecimento!

Iniciamos com uma festa que já foi batizada de muitas maneiras: festa do campo, do interior, festa junina, caipira... quem nunca se deliciou com esse festejo que tem gosto de canjica e de bolo de milho? As crianças já sabiam muitas coisas sobre essa tradição e registraram em nossas bandeirinhas:

 
Após o registro de seus saberes e hipóteses sobre a festa, visitamos o site canal kids (http://www.canalkids.com.br/junina/index.htm) e descobrimos um pouco sobre a sua história e seus desdobramentos. Logo aprendemos que essa festa é muito antiga e existia em forma de rituais para pedir aos deuses bastante chuva, terras férteis e colheitas fartas. Depois, quando foi incorporada pela Igreja, a festa se transformou em “joanina” em homenagem a são João. E, quando a tal "festa joanina" chegou ao Brasil, virou junina!

De todas as tradições que envolvem essa festa, apenas uma nos preocupa (e muito): os balões. Conversamos, mais uma vez, sobre os riscos trazidos pelo hábito de soltar balão e as crianças demonstraram que já aprenderam essa lição melhor do que muitos adultos: balões são perigosos, pois podem ferir e destruir matas e casas! 

Depois de descobrirmos tantas coisas, chegou o momento de prepararmos a festa. Fizemos a silhueta de nossos dançarinos, utilizando o contorno de duas crianças e partimos para a releitura de uma obra de Volpi. Em seguida começamos a fazer as nossas próprias bandeirinhas, usando muito jornal, tintas e materiais reaproveitados... o resultado não poderia ser mais colorido:

 

 






 
 
A nossa festa fechou o primeiro semestre com muita animação e voltamos com o mesmo entusiasmo para nos aventurarmos com as lendas do nosso folclore...
O primeiro a chegar foi o saci, essa figura que encanta as crianças por suas travessuras! Nossos pequenos, depois de muito pularem em uma perna só (haja equilíbrio!), fizeram as suas dobraduras, as pintaram e colaram os olhos e o cachimbo dos sacis... Que beleza que ficou!
 
 Logo depois do saci, chegou a mula sem cabeça com o seu galope assustador... A mula sem cabeça, segundo a lenda, já foi uma linda mulher, mas depois de enfeitiçada vive pelas matas a galopar. Para não ser visto pela mula sem cabeça, é preciso esconder o branco das unhas, o branco dos dentes e o branco dos olhos... Que medo!!
             Continuando no ritmo das lendas de arrepiar, conhecemos a cobra de fogo, boitatá. Mas logo perdemos o medo, pois descobrimos que essa cobra protege as nossas matas. Juntamos muitos rolinhos de papel higiênico e caprichamos: fizemos um boitatá enorme...

            Das matas, passamos para os rios da Amazônia e conhecemos dois mitos encantadores: a Iara e o boto cor-de-rosa. Para confeccionarmos as nossas sereias, usamos plástico bolha para a cauda, muita tinta para pintar as águas do rio e pedacinhos de papel para montarmos o seu corpo. Ana Luiza logo elegeu a sereia o seu mito favorito, pois Iara é também o nome de sua mãe. Já para fazermos o nosso boto, misturamos bem as tintas vermelha e branca e depois carimbamos com esponja dentro do molde vazado... 


Mas não paramos por aí! Ainda confeccionamos o nosso próprio curupira usando o contorno do corpo do Luís Felipe e o carimbo das mãozinhas de cada um montou o cabelo. Também dançamos muito com o bumba meu boi... E até hoje, vez por outra, as crianças ainda puxam a cantoria:
“O meu boi morreu/ o que será de mim?/ Manda buscar outro, morena/
Lá no Piauí”
 
E então chegou o momento de relembrarmos muitas brincadeiras antigas: fizemos petecas de papel, brincamos de pião, de pular corda, de “passaraio”, de amarelinha... Foi então que descobrimos uma artista que gosta muito de fazer esculturas representando essas brincadeiras infantis, seu nome é Sandra Guinle!
Visitar o site dessa artista (http://www.sandraguinle.com.br/) foi um jogo delicioso, pois as crianças logo descobriam qual brincadeira estava representada por cada obra. Foi então que nasceu a ideia de imitarmos as esculturas da Sandra. E ficou mais ou menos assim:
 
                            Cirandinha
 
 
                                                                     Bolinhas de sabão
 
 
 
Amarelinha
 
 
Currupio
 
 Ah, como foi bom relembrar! Em breve vamos relembrar um pouco mais, postando todas as surpresas que vivemos no mês de outubro... Até lá!

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