terça-feira, 19 de agosto de 2014

REUNIÃO DE RESPONSÁVEIS 16-08

Quando guri, eu tinha de me calar, à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de ficar calado para as crianças falarem.
                                                                                                 Mário Quintana



Após o acolhimento às famílias assistimos trecho do filme “O pequeno Nicolau”.
- O que chamou a atenção dos participantes?
- Qual o papel dos adultos  no primeiro trecho do filme?

          Distribuímos um balão de quadrinhos, em branco, e fizemos a seguinte proposição:

          “Desenhe no balão (ou escreva) o que você, quando criança, pensava que seria quando crescesse. Algum adulto conhecido influenciou você nessa decisão?”


 

 

 
 

 

Observamos como as ideias, na interação com os outros pais, ganharam asas, tomaram outros rumos. E deixaram de ser a ideia de um só participante, para se tornar, nas histórias que acabaram de ouvir, a ideia dos grupos.
     Com as crianças, acontece algo semelhante. Elas compartilham com outras crianças e adultos com os quais convivem as suas ideias acerca do mundo e vão ganhando novas percepções, nesse movimento de grupo.

 Vamos ver como termina essa história?   

 Diante de tudo o que discutimos hoje, vocês acreditam naquele ditado que diz: “Família é tudo igual; só muda o endereço”?

Fechamos o encontro com a confraternização das famílias e o reconhecimento de todos os adultos presentes, enquanto mediadores e formadores de nossas crianças.

"O filme O Pequeno Nicolau é uma história que se passa no ano de 1950 e o foco é voltado para o imaginário das crianças para interpretar e explicar os acontecimentos da vida.
Nicolau é a personagem central, ele tem 8 anos e sua história se desenrola entre a escola e sua casa, entre a presença da professora e de seus pais nesta passagem da sua infância.
Tudo começa quando a professora pede que escrevam uma redação sobre o que as crianças querem ser quando crescer. Nicolau nos apresenta seus amigos e os laços afetivos que possui com eles descrevendo através de sua imaginação o que cada um vai ser. Seu amigo mais gordinho seria um ministro porque gosta de comer e essa função exige que ele vá a muitos banquetes, seu amigo riquinho vai trabalhar com o pai porque ele ganha muito dinheiro, entre outros. Todas as descrições são inocentes, traduzindo a maneira como uma criança percebe o mundo adulto. Não há nada racional nos relatos, e desde o início do filme embarcamos nessa inocência. Nicolau é mimado por sua mãe e adora a sua vida. Gosta tanto que não consegue escrever na redação “o que quer ser quando crescer”, pois ele não quer crescer e assim não consegue se vir fazendo parte do mundo dos adultos. Ele quer que sua vida permaneça da mesma forma que está agora.
Para seu desespero, seus pais começam a serem gentis um com o outro e esse "comportamento estranho" bate com a  descrição que seu amigo lhe deu de seus pais. Quando isso aconteceu, ele teve um irmão e Nicolau não quer ter um irmão. O nascimento de outra criança mudaria totalmente sua vida e o fato dele ser irmão mais velho o obrigaria a envelhecer, coisa que não pretende fazer. 
A partir desta interpretação e da decisão de não querer ter um irmão mais novo, Nicolau pede ajuda aos amigos para se livrar do irmãozinho que pensava que teria. Na história, a lógica infantil de pensar e o mundo com suas questões são marcantes, embora exista a lógica dos adultos, é a lógica das crianças que prevalece."


Texto retirado de:

FONTE:







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